Maria « Magá » Graf : « Temos um enorme potencial para dar um passo maior »
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Nós temos a oportunidade de falar com a capitã da Seleção Brasileira Feminina, Maria “Magá” Graf. Ela falou sobre a sua estreia no rugby league e seu objetivo de estar na próxima Copa do Mundo na França.
Você pode se apresentar para nossos leitores ?
Bom, primeiramente, obrigado pela entrevista e pela oportunidade das pessoas conhecerem mais sobre o rugby no Brasil. Meu nome é Maria Gabriela, mas todos me chamam de Magá. Tenho 27 anos e conheci o rugby 7 em 2013. Antes disso fui atleta de vôlei, judô e principalmente futsal por muitos anos. Sou formada em Educação Física e trabalho como personal trainer e gerente do meu clube aqui em Florianópolis, Santa Catarina. E eu também sou árbitra de rugby union atualmente.
Como funciona o rugby league feminino no Brasil ?
O rugby league é recente no Brasil, aqui jogamos muito mais 7s e também estamos começando com o XV. Em 2018, esse sonho da Copa do Mundo de Rugby League apareceu, então jogamos um jogo contra a Argentina pelo Campeonato Sul-Americano e 2019 começaram as competições nacionais, com 9s e 13s. Ainda são poucos clubes, mas a expectativa é crescer muito nos próximos anos.
Como você começou a jogar Rugby League ?
Com esse jogo em 2018, o treinador na época me ligou e perguntou se eu queria jogar, mas eu nem sabia as regras, isso foi divertido na verdade. No ano seguinte participei de um treino da seleção nacional, e em 2021 joguei o campeonato nacional por diversão, pois já estava aposentada desde 2019, isso é curioso. Com o adiamento da Copa, eu já tinha desistido, este ano não joguei o campeonato nacional, mas o técnico do Brasil me convenceu a voltar a treinar com a seleção e assim tive a melhor experiência da minha vida.
Qual é a sua avaliação desta primeira Copa do Mundo ?
Foi incrível, realmente um sonho! A organização e grandeza do torneio foram impecáveis. Conhecer pessoas maravilhosas, aprender muito sobre rugby league, receber tanto carinho, aliás já estou com saudades.
Falando sobre dentro de campo, estamos nos primeiros passos, de muito aprendizado. Às vezes ganhamos, às vezes aprendemos. Sempre enfatizei para as meninas: vamos nos divertir jogando rugby, o resto é consequência.
A próxima Copa do Mundo será daqui a 2 anos na França, isto é um objetivo para você ?
Acho que preciso cancelar minha aposentadoria, quero estar na França com certeza. Temos um enorme potencial para dar um passo maior na próxima RLWC. Estou ansiosa para isso.
Quais suas ambições pessoais para o futuro ?
Quero uma imersão na cultura do rugby league, ainda é uma realidade distante para mim e para a maioria do time. Quem sabe passar um ano fora do Brasil, vivenciá-lo em todos os sentidos. Quero estar na França daqui a 3 anos e aproveitar ao máximo, quem sabe me tornar um dia árbitra ou treinadora de rugby league e poder inspirar, dar oportunidades e ajudar mais garotas a ter experiências incríveis através do rugby.